Transferência de riqueza: como as empresas familiares podem enfrentar o desafio dos Millennials

É preciso conhecer os Millennials e a Geração Z para prepará-los para se entender como parte do mercado financeiro. As duas gerações estão prestes a herdar ativos substanciais – em termos de liquidez e de valor corporativo (valuation) – e têm necessidades e expectativas diferentes das gerações que as precederam. Veja como conquistá-los!

Quando se trata de transferência de riqueza, os números correm soltas. Falando em termos puramente financeiros, as estimativas italianas variam entre 30 e 70 bilhões de dólares globalmente (e 2 bilhões para a Itália, aproximadamente 3 bilhões para o Brasil segundo nosso Instituto) de riqueza pronta para fluir das carteiras dos baby boomers, sobretudo para os Millennials, ou seja, a geração nascida entre 1980 e o final do século milênio. Em outras palavras, os indivíduos que ultrapassaram os 40 anos, em média educados, representam um quarto da população europeia (e em 2030 dois terços da força de trabalho). Uma geração híbrida: são os primeiros globetrotters, situados entre os mundos analógico e digital, habituados a cisnes negros (os mais velhos passaram dos vinte e poucos anos com o crash das ponto.com, entraram no mundo do trabalho com a grande crise financeira de 2008 e depois, quando o sereno parecia ter voltado, se depararam com a Covid e uma guerra no coração da Europa).

Mas não há apenas riqueza financeira. Há uma vasta riqueza de empresas familiares que serão herdadas à medida que os baby boomers – sempre eles, sempre firmemente no comando, até a terceira e quarta idade – abandonarem os navios, por escolha ou por alguma força maior.

O artigo “Il wealth management deve prepararsi alla carica degli eredi” é um alerta para famílias que possuem empresas e estão em transição geracional. De acordo com a pesquisa Global Family Business Survey, 70% das empresas familiares não sobrevivem à segunda geração e apenas 10% sobrevivem até a terceira geração. Esses números são preocupantes, afinal, uma empresa não é apenas um negócio, mas sim algo que envolve toda uma história, legado e patrimônio da família.

Um dos maiores desafios enfrentados pelas famílias em transição geracional é a sucessão. Afinal, transferir a liderança e o controle da empresa para os herdeiros requer planejamento, preparação e habilidades específicas. Muitas vezes, os herdeiros não estão preparados para assumir essa responsabilidade, podendo ocorrer conflitos e prejuízos para a empresa e para a família.

Nesse sentido, é fundamental que as famílias busquem auxílio em três frentes:

  1. Primeiramente com consultorias especializadas neste tipo de organização societária que compreendam o seu negócio para estruturar o processo a partir das intenções, desejos e objetivos de cada adulto das famílias empresárias. Nosso Instituto possui as ferramentas (exclusivas!) e o conhecimento necessário para esta etapa.
  2. Coaches profissionais que possuam histórico e competência para o desenvolvimento dos futuros sócios, atuantes ou não. Trabalhamos com os melhores do país.
  3. Profissionais especializados em wealth management, que possam oferecer orientação e planejamento adequado. O wealth management é uma área que envolve a gestão patrimonial, financeira e jurídica de famílias e suas empresas. Esses profissionais ajudam a planejar a transição geracional, identificando os herdeiros mais preparados e capacitados para assumir a liderança da empresa.

Os desdobramentos de uma ou mais das atividades acima poderão demandar a elaboração de documentos, tais como Acordo de Cotistas, Protocolo Familiar e atas, que devem ser elaboradas por profissional especializado.

Outro ponto fundamental é a transparência no contexto sucessório de uma família empresária. É importante que todos os membros da família estejam cientes do planejamento e das decisões tomadas para garantir que o processo seja justo e equitativo. Isso também ajuda a evitar conflitos e mal-entendidos. No entanto, é importante tomar cuidado para garantir que informações confidenciais sejam compartilhadas apenas com aqueles que precisam saber e que as informações sejam apresentadas de maneira clara e objetiva.

Além disso, é importante que haja uma comunicação objetiva e construtiva entre os membros da família e que os herdeiros sejam envolvidos no processo de gestão do negócio, mesmo sem atuar nele. Isso pode ajudá-los a se prepararem para assumir a liderança da empresa ou no investimento, além de diminuir possíveis conflitos e desentendimentos.

Outra solução apresentada pelo artigo é a criação de um conselho de família. Esse conselho é composto por membros da família e por profissionais externos. Ele tem como objetivo auxiliar no processo de condução das reuniões e de tomada de decisões importantes para a sociedade empresarial, a partir da família. O conselho de família é uma espécie de “câmara de discussão”, onde são debatidos assuntos importantes à familia que dependam ou impactam a sociedade e decisões em conjunto são tomadas.

Em resumo, a transição geracional envolvendo empresas familiares é um processo complexo que envolve desafios e riscos. Porém, com o planejamento adequado e o suporte de profissionais especializados, é possível garantir a continuidade do negócio e a proteção do patrimônio da família. A comunicação transparente e a criação de um conselho consultivo e outro de família também são importantes para garantir uma transição bem-sucedida. É preciso pensar no futuro e garantir que a empresa continue a prosperar, mantendo a tradição e o legado da família.

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Helder de Azevedo MSc, CCA IBGC, CCC Celint e BRA

Idealizador do Instituto Empresa DE Família, é também CCA IBGC – Conselheiro de Administração certificado pelo IBGC, onde contribui nas comissões de Conselho de Administração e no Grupo de Trabalho do Agronegócio; Conselheiro Consultivo Certificado pelo Celint e pela BRA Certificadora, onde também ministra o módulo de estratégia e de planejamento orçamentário no Curso de Formação de Conselheiros Consultivos; e associado da ABC³, onde contribui com duas comissões temáticas. Atua como Conselheiro Consultivo na AR70 Corporation e foi Conselheiro Fiscal da Neoenergia/CELPE. Membro do IFERA – International Family Enterprise Research Academy. Mestre em Governança Corporativa com pesquisa em Empresas Familiares e autor do livro Empresa de Família – uma abordagem prática e humana para a conquista da longevidade publicado pela Saint Paul Editora em agosto/2020, disponível também em formato eletrônico, Kindle e outros.

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