Recentemente o GNDI – Global Network of Director Institute – publicou um estudo-guia para Conselheiros navegarem de forma adequada nesta jornada da Transformação Digital.
Para muitos, especialmente líderes de empresas médias ou familiares, este tema pode parecer distante, complexo, não adequado para o momento e talvez não para o tamanho de sua empresa, “pelo menos por enquanto”, não é verdade? Com o objetivo de desmistificar este conceito e trazer a abordagem, que originalmente foi criada para Conselheiros, para o entendimento dos empreendedores, seus familiares e principais executivos.
O estudo apresenta 5 (cinco) princípios para o Governo da Transformação Digital e de Tecnologias Emergentes (GTDTE). Antes de apresentá-los, ressaltamos que preferimos utilizar o termo “Governo”, por ser mais objetivo: Como estabelecer políticas e como conduzir um processo; ao contrário de “Governança” que em neurolinguística aponta para uma interpretação mais genérica, gerúndio, pretérita. Desejamos, desta forma, dar um sentido prático aos achados deste estudo.
São estes os princípios para GTDTE:
- Aborde Tecnologias Emergentes como um imperativo estratégico, não somente por uma abordagem operacional
E cuide para que o foco não seja a tecnologia, mas sim o valor ao cliente!
O mantra não é novo, mas empresas que procuram resolver seus problemas a partir de uma visão de seus sistemas e processos internos, fracassarão na TD, é fundamental construir toda a experiência a partir da jornada do cliente.
Evite a armadilha das competências existentes. “Não temos profissionais capazes”, ou “nossa infra não suportaria este movimento”, se escuta com muita frequência. É preciso olhar com profundidade o que tem em casa e o que deve ser buscado fora, antes que seja tarde!
- Implemente mecanismos de desenvolvimento coletivo, abrangente e permanente acerca de tecnologia
Fuja das soluções que “todos já usaram”, a flexibilidade que as tecnologias modernas oferecem demandam um planejamento estratégico para a TD antes de embarcar na onda da moda.
Crie um clima e ofereça mecanismos para que todas as áreas de sua empresa aprimorem seus conhecimentos tecnológicos.
- Adapte seu conselho para refletir a crescente relevância da tecnologia como impulsionador de crescimento, mas também de riscos
Fácil de falar, difícil (mas necessário) implementar: Tanto seu conselho (se existir), como a diretoria da empresa precisa ter as competências que o momento exige. Na atualidade, as ameaças aparecem diariamente, em sua vasta maioria “turbinadas” por tecnologias emergentes. Se “mudar” era difícil no passado, mas esperar alguns anos era possível; hoje se uma reação (pela falta de um Planejamento Estratégico) não ocorrer em dias, pode significar a morte de sua empresa. A resistência a mudança precisa ser eliminada.
- No monitoramento, exija relatórios da diretoria executiva que antecipe caminhos construídos com tecnologia e suas iniciativas neste sentido;
Mais do que nunca, olhar no retrovisor deve consumir o mínimo do conselho ou dos sócios. Ao contrário, cada vez mais exija de seus executivos que apresentem indicadores da condução do plano estratégico de TD. Mais conhecimento, menos informações.
Saiba, contudo, que buscar retornos em curto prazo é uma armadilha autoimposta que sufocará todas as iniciativas estruturantes, que são as que perduram. Resista à tentação!
- Avalie periodicamente a prontidão da liderança, dos talentos e da cultura organizacional para a mudança que a tecnologia impõe.
Praticamente é o desdobramento do item (3) para as principais lideranças da organização, e particularmente relevante no momento de atração de talentos externos à empresa. Verifique a “fluência” digital dos candidatos e dos potenciais sucessores na gestão. Evite contratar talentos para resolver problemas do passado, mas aqueles que proporão e executarão o caminho para o futuro.
Com a adoção deste conjunto de princípios e sua adequada implantação e acompanhamento, no nível da sociedade (sócios ou Conselho), sua empresa construirá o preparo e a robustez para crescer com maior utilização de tecnologia, evitando a adoção de ferramentas e métodos “de moda” que não param de surgir.
Considere o apoio de profissionais competentes, atualizados, e principalmente com histórico de resultados para te apoiar nesta jornada. O Instituto pode te ajudar a encontrar o ideal para sua empresa. Contate-nos.
Helder de Azevedo MSc, CCA IBGC, CCC Celint e BRA
Idealizador do Instituto Empresa DE Família, é também CCA IBGC – Conselheiro de Administração certificado pelo IBGC, onde contribui nas comissões de Conselho de Administração e no Grupo de Trabalho do Agronegócio; Conselheiro Consultivo Certificado pelo Celint e pela BRA Certificadora, onde também ministra o módulo de estratégia e de planejamento orçamentário no Curso de Formação de Conselheiros Consultivos; e associado da ABC³, onde contribui com duas comissões temáticas. Atua como Conselheiro Consultivo na AR70 Corporation e foi Conselheiro Fiscal da Neoenergia/CELPE. Membro do IFERA – International Family Enterprise Research Academy. Mestre em Governança Corporativa com pesquisa em Empresas Familiares e autor do livro Empresa de Família – uma abordagem prática e humana para a conquista da longevidade publicado pela Saint Paul Editora em agosto/2020, disponível também em formato eletrônico, Kindle e outros.
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