O Novo Modelo Evolutivo: das Empresas Familiares para o mercado de capitais

[spreaker type=player resource=”episode_id=56071242″ width=”700px” height=”80px” theme=”dark” playlist=”show” playlist-continuous=”false” chapters-image=”true” episode-image-position=”right” hide-logo=”false” hide-likes=”false” hide-comments=”false” hide-sharing=”false” hide-download=”true” cover=”https://d3wo5wojvuv7l.cloudfront.net/images.spreaker.com/original/14b5a877a2c72ab391544d9aefe20c16.jpg”]

O Modelo Evolutivo foi originalmente elaborado por Peter May – baseado em sua experiência com empresas alemãs longevas – e apresentado pela PwC e, como uma ferramenta pensada em identificar gaps em uma sociedade empresarial familiar ao longo das jornadas do negócio e da família através de gerações. De lá para cá, diversos outros conceitos para EFs foram desenvolvidos e aplicados. Mas este modelo precisa também evoluir. Desenvolvemos através da prática e de revisões acadêmicas uma versão mais atual com utilidade não somente para Empresas Familiares como também para sociedades em crescimento acelerado, por fim útil para todo o mercado de capitais. Vamos conhecer o que mudou?

Originalmente o modelo foi concebido para empresas nascidas mono familiares, situação bastante comum no século XX e dominante na Alemanha, origem da proposição. Hoje em dia não raro uma empresa inicia como uma sociedade de amigos ou mesmo de irmãos ou primos. Ainda assim, utilizou-se o Modelo Evolutivo indistintamente se mono ou multifamiliar. Fizemos, em agosto/2020 sua apresentação como ferramenta aplicada pelo Instituto Empresa DE Família.

Ocorre que mesmo ao avaliarmos uma sociedade multifamiliar, alguns aspectos perdem clareza. Por exemplo: O modelo original, no eixo “estrutura de propriedade” aponta como terceira fase um “Consórcio de Primos”, absolutamente natural a partir de uma empresa nascida monofamiliar. Mas em uma empresa que iniciou com sócios de famílias distintas, ou ainda famílias com múltiplos casamentos, o termo “consórcio” nos parece muito “forte”, remetendo para aspectos comportamentais e de relacionamento que, neste eixo, são perigosos. Adotamos simplesmente “sociedade”.

Imagine uma empresa que já iniciou como multifamiliar, com 2 ou 3 amigos com um projeto comum, ou uma partnership como prevê o novo marco legal da liberdade econômica, já sendo muito utilizada em startups e scale-up’s? Este modelo não é aplicável? Sim, é, mas necessitava ajustes em sua terminologia, que ora propomos.

A aplicação e observação práticas deste modelo e uma recente revisão na literatura acadêmica nos permite propor novos “portos” por onde a empresa passa em sua jornada evolutiva. Denominado NME – Novo Modelo Evolutivo, assume – para empresas (multi)familiares o formato da figura abaixo:

Novo Modelo Evolutivo

NME: Novo Modelo Evolutivo (c) Instituto Empresa DE Família, 2022.

O que mudou?

No eixo da Fase do Negócio, nada. Pois a evolução de uma empresa segue passando por estas quatro fases. Veremos uma proposta de variação para startups e scale-up’s ao final deste artigo.

No eixo da Estrutura da Propriedade trocamos os títulos como se segue:

Nome anteriorNome AtualMotivação
Proprietário Individual – 1ª GeraçãoProprietário Individual | 1ª GeraçãoNão são sinônimos, e sim alternativos no modelo
Sociedade de Irmãos – 2ª GeraçãoSociedade de Irmãos | 2ª GeraçãoIdem
Consórcio de Primos – 3ª GeraçãoSociedade (de Primos) | 3ª GeraçãoPrimos são sócios. E a “barra” pelo motivo acima
Dinastia (multi) FamiliarDinastia (multi) FamiliarSem alteração

Notem particularmente na 3ª etapa, que a nomenclatura original considerava famílias estáveis com uma única linha de descendência. Administrar uma propriedade empresarial em uma família moderna, com múltiplos casamentos, primos que não convivem, diferenças sociais e culturais, praticamente já não faz mais sentido.
A nomenclatura atual já contempla, com a separação pela barra vertical, cenários geracionais, mantendo o vínculo com o modelo original, cobrindo empresas e famílias com esta constituição.

Por fim, no eixo da Estrutura de Governo, mesmo no tempo que a ferramenta foi apresentada, era o que empreendedores mais tinham dificuldades em compreender. Como se trata do eixo que rege a relação de monitoramento e execução, propomos estas alterações:

Nome anteriorNome AtualMotivação
Gestão pelo FundadorGestão pelo(s) Fundador(es)Raramente se inicia uma empresa sozinho
Gestão (multi) FamiliarGestão DistribuídaMais que multifamiliar, contempla executivos externos à família
Controle (multi) FamiliarControle (multi) FamiliarMantido, foco mudando de gestão para o conselho
Propriedade (multi) FamiliarEstratégia | MonitoramentoVisão do papel do empreendedor evoluindo para o de investidor

Vejam que neste eixo as alterações buscam apresentar um entendimento da jornada da governança corporativa do empreendimento. Oferece uma visão que permita o empreendedor se preparar para seu papel de investidor, a ser executado na assembleia de socios e/ou no Conselho da empresa.

Entendemos que o Novo Modelo Evolutivo revigora esta ferramenta fundamental para empreendedores. Prepare o seu com nosso apoio.

Seus comentários nos apoiarão no desenvolvimento do conhecimento e das ferramentas. Comente esta publicação!

Start-ups e scale-ups: Sua governança precisa estar alinhada com seu momento.

Para aplicar o Novo Modelo Evolutivo em um ambiente de startup ou scale-up, propomos e utilizamos o Modelo Evolutivo para Scale-up’s (MES) alterando o eixo da Estrutura do Negócio, conforme abaixo, utilizando as definições propostas pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa em sua publicação IBGC Segmentos:

MES: Modelo Evolutivo para Scale-ups (c) Instituto Empresa DE Família, 2022.

Antes de avaliar aspectos de foco de negócios e de diversificação, é preciso que a scale-up complete sua jornada. Estando no estágio de “Escala”, é conveniente revisitar o modelo, neste caso já aplicando o Novo Modelo Evolutivo acima, pois então a estrutura de negócios deve ser avaliada tal qual toda e qualquer empresa com questões como: ainda focada? Já existe interesse, oportunidade ou demanda que justifique diversificar? De que forma? Seus controladores, o que pretendem? Seguir com a empresa ou enxerga-la como um componente de seu portfolio de investimentos?

Nesta proposta de formato, já aplicada pelo Instituto Empresa DE Família, ainda se ajustam os eixos referente à estrutura de propriedade com os termos utilizados neste ambiente e no mercado de capitais. Já no eixo do Governo, alteramos o estágio #3 para Controle “Diluído” já que com a chegada de investidores externos, estes demandarão participar do controle e utilizar seu dever de monitoramento. Sim, é dever (legal!) de todo investidor monitorar suas investidas!

Quer preparar o modelo para sua scale-up? Contate-nos, pois temos condições especiais para ajudar você a acelerar sua empresa! E torna-la ainda mais atraente para o capital, independente do estágio que estiver.

O Instituto Empresa DE Família segue, com esta atualização deste importante modelo, seu propósito de apoiar empresas de capital fechado a perseguir sua longevidade de forma sustentável e trazendo, para o mercado de capital, conceitos vencedores oriundos das Empresas Familiares. Junte-se a nós!

Helder de Azevedo MSc, CCA IBGC, CCC Celint e BRA

Idealizador do Instituto Empresa DE Família, é também CCA IBGC – Conselheiro de Administração certificado pelo IBGC, onde contribui nas comissões de Conselho de Administração e no Grupo de Trabalho do Agronegócio; Conselheiro Consultivo Certificado pelo Celint e pela BRA Certificadora, onde também ministra o módulo de estratégia e de planejamento orçamentário no Curso de Formação de Conselheiros Consultivos; e associado da ABC³, onde contribui com duas comissões temáticas. Atua como Conselheiro Consultivo na AR70 Corporation e foi Conselheiro Fiscal da Neoenergia/CELPE. Membro do IFERA – International Family Enterprise Research Academy. Mestre em Governança Corporativa com pesquisa em Empresas Familiares e autor do livro Empresa de Família – uma abordagem prática e humana para a conquista da longevidade publicado pela Saint Paul Editora em agosto/2020, disponível também em formato eletrônico, Kindle e outros.

Para receber nossa RESENHA mensal, preencha os dados abaixo. Toda última quinta-feira do mês, pontualmente às 17:17hs.

O Melhor da Governança para Empresas DE Famílias, direto em sua caixa postal.

[activecampaign form=12 css=1]

Para assinar nossa RESENHA mensal, preencha os dados abaixo. Toda última quinta-feira do mês, pontualmente às 17:17hs

Direto em sua caixa postal.

[activecampaign form=12 css=1]

Previous post
Next post
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *