É inegável que o poder possui um magnetismo enorme. Quem o desfruta atrai para si muita atenção e demandas; enquanto os demais cobiçam um dia, ter alguma forma de poder. Porém a vasta maioria presta mais atenção ao bônus que ao ônus que posições de poder carregam.
O poder traz prestígio, remuneração, exposição e admiração. Por outro lado, a tomada de decisões, quase sempre (e cada vez mais) cercadas de incertezas, volatilidade e ambiguidades neste complexo momento que vivemos (VUCA), carrega uma carga de angústia enorme naqueles que devem tomá-las praticamente todos os dias, o dia todo.
Um estudo da London Business School de 2014 identificou 3 processos que afetam os detentores de poder:
- O poder altera nossa percepção sobre a generosidade dos outros
- O poder afeta nossas respostas aos atos de bondade dos outros
- O poder reduz a confiança
Em uma empresa familiar, adicione-se os interesses assimétricos dos familiares, as relações par-a-par e a assimetria de informações que atormentam a geração senior em seu planejamento de longo prazo, sua estratégia e principalmente sua sucessão.
A combinação destes fenômenos com a responsabilidade pelas consequências de suas tomadas de decisões isola o líder em uma solidão que é muitas vezes avassaladora.
Na definição de McPherson, solidão “é um estado emocional no qual o indivíduo experimenta um sentimento de vazio, de ter sido rejeitado, desconectado ou alienado de outras pessoas.” Muitos donos de empresa com poder de decisão sentem muita solidão, mas poucos admitem isso, apenas aqueles com elevado grau de maturidade.
A característica de animal social do ser humano, confrontada com o cenário de isolamento e solidão causa um estresse tão grave que pode causar uma diminuição do nível de adaptação, de desempenho e como resultado, da qualidade de suas decisões.
Em estudo publicado em 2008, duas pesquisadoras da PUC/RJ, Patrícia Tomei e Graziela Fortunato, após entrevistarem diversos presidentes e principalmente donos de empresas, encontraram um indicador acachapante: apenas 13% das decisões tomadas por donos de empresas ou pelo principal executivo contaram com consenso do grupo de gestão. De todas as decisões tomadas, 39% delas nem foram submetidas ao grupo de gestão! Outras 33% delas, ainda que discutidas em grupo, foram tomadas sem o consenso! Apenas 15% delas foram tomadas com a existência do consenso. Quanta solidão!
A boa notícia é que para as Empresas DE Família, existe um aliado fundamental que pode não somente reduzir drasticamente este processo de isolamento e de solidão como aportar robustez para o seu negócio: A Governança Corporativa através da instituição de um Conselho Consultivo. Como?
Ao adotar a metodologia do Instituto Empresa DE Família, sua sociedade empresarial terá uma clara visão de aspectos que precisam ser tratados pelos cotistas e por seus sucessores de fato e de direito. Para tratá-lo, recomendamos a implantação de um Conselho Consultivo constituído com base no estágio de sua empresa e de sua família e no resultado do diagnóstico apresentado por nossa metodologia, elegendo-se profissionais qualificados, com experiência e networking nas áreas fundamentais para a perenidade de seu negócio. Quais as vantagens em contar com um Conselho Consultivo (CC)? Dentre elas destacamos:
- O CC é a quem os sócios podem e devem recorrer em caso de dúvidas ou incertezas. Pronto, você encontrou não alguém, mais que um alguém, um grupo de profissionais que te suportarão em suas tomadas de decisões que impactem a sociedade empresarial;
- O CC estrutura e garante que a empresa passe a adotar e seguir práticas de governo da sociedade, gerando valor imediato à empresa.
- Planejamento estratégico: É função fundamental do CC aprovar o Planejamento Estratégico de sua empresa. Já pensou contar com profissionais com bagagem e visão externa para te apoiar nesta jornada?
- A existência de um CC é a garantia de um olhar externo, não influenciado pelas relações emocionais da família, sendo um excelente ponto de referência em casos de conflitos de interesses, que aliás começam a ser dirimidos com uma adequada estruturação de um Acordo de Cotistas.
- Seus conselheiros consultivos também funcionam como verdadeiros mentores para a alta administração da empresa, subindo o nível de profissionalização de sua gestão. Podem ser acessados, inclusive, para a preparação de candidatos à sucessão!
Já imaginou reduzir sua solidão com esta abordagem? Quer saber como começar? Fale conosco. Se preferir, contate-nos via WhatsApp.
Helder de Azevedo MSc, CCA IBGC, CCC Celint e BRA
Idealizador do Instituto Empresa DE Família, é também CCA IBGC – Conselheiro de Administração certificado pelo IBGC, onde contribui nas comissões de Conselho de Administração e no Grupo de Trabalho do Agronegócio; Conselheiro Consultivo Certificado pelo Celint e pela BRA Certificadora, onde também ministra o módulo de estratégia e de planejamento orçamentário no Curso de Formação de Conselheiros Consultivos; e associado da ABC³, onde contribui com duas comissões temáticas. Atua como Conselheiro Consultivo na AR70 Corporation e foi Conselheiro Fiscal da Neoenergia/CELPE. Membro do IFERA – International Family Enterprise Research Academy. Mestre em Governança Corporativa com pesquisa em Empresas Familiares e autor do livro Empresa de Família – uma abordagem prática e humana para a conquista da longevidade publicado pela Saint Paul Editora em agosto/2020, disponível também em formato eletrônico, Kindle e outros.
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