Compliance, Governança Empresarial e Sucessão Societária

A busca pela longevidade nas empresas familiares tem gerado uma enorme afluência de novos termos, serviços e consultorias até recentemente fora do radar do empresário: Compliance, Governança, Conselhos, dentre outros. A intenção de tornar suas empresas mais robustas é muito apreciada pelo mercado e claro será muito bem-vinda pela tua família e teus herdeiros. Os caminhos são vários e muitas vezes confundem mais que esclarecem. Não obstante o ponto de partida é único: Tua família e sua essência, a estrutura societária de teu negócio e o ambiente em que ele está inserido. A partir daí é que se deve definir o futuro de tua empresa, para então projetar o caminho.

Dentre os termos mais debatidos e apresentados no momento é o da “compliance”. O que significa isso? Antes de mais nada nem sempre é necessário utilizar termos estrangeiros para valorizar o conteúdo. Trata-se simplesmente da palavra “conformidade”. É o conduzir tua empresa e teus negócios conforme as leis e regulamentos determinam. Nada mais. A dificuldade, não obstante, especialmente em empresas complexas e de grande porte, é garantir que toda a empresa atue, todo o tempo, em conformidade com as leis. Estatisticamente impossível, pressiona-se a empresa a possuir mecanismos que demonstre que ela persegue esta conformidade no dia a dia. Em implementando estes processos, consequentemente se reduzirão riscos de não cumprimento de leis, evitando-se despesas que em muitos casos podem ser elevadas, além de potencial ferimento na marca institucional.

Gestão de riscos e conformidade são práticas de governança corporativa. Não as únicas e não necessariamente as mais importantes. Lembre-se do ponto de partida!

Nas empresas de capital fechado não sujeitas às regras da CVM, o foco é a governança empresarial. Tratamos diferentemente de governança corporativa justamente para afastar da miríade de instruções, leis e regulamentos que aquelas estão sujeitas. Na maioria destas empresas, o capital familiar impera. Sua perenidade está associada a existência de mecanismos de governo específicos mais do que da gestão do dia a dia. Para implantar uma boa política de governança para sociedades de capital fechado e familiar, recomendamos os seguintes passos:

  1. Conhecer os atores envolvidos direta e indiretamente no empreendimento – Para isso utilizamos o consagrado Modelo dos 3 Círculos.
  2. Compreender o momento atual e o próximo “porto” que desejamos levar nosso empreendimento – O Modelo Evolutivo é uma ferramenta simples, que oferece uma enorme clareza para sócios e cotistas. Exige moderação profissional para que o entendimento seja uniforme e o consenso seja atingido.
  3. Famílias influenciam suas empresas, tanto positiva como negativamente. Compreender o quanto e a forma que esta influência se apresenta na empresa é muitas vezes o que separa uma empresa de sucesso daquela à beira da implosão. Aplicamos com exclusividade o questionário (monitorado) F-PEC. Através dele identifica-se a influência nos pilares do Poder, da Experiência e da Cultura.
  4. Conhecer, no âmbito de tua família, As 5 Dimensões Sociais da Longevidade – 5DSL. Na empresa familiar, o processo inicia-se compreendendo as implicações da Essência da família no negócio. Com este se constrói a Estratégia. Para executá-la com sucesso é fundamental que os Papéis estejam bem definidos entre os sócios. Monitorar todo este processo é a única forma de garantir que a empresa está caminhando para onde definimos, realimentando a análise estratégica. Por fim e muito caro às empresas familiares, a 5ª dimensão é a Sucessão.

É fundamental compreender e tratar não somente a Sucessão na gestão da empresa, mas também e principalmente a Sucessão Societária.

Apenas 30% das empresas familiares sobrevivem à 1ª passagem geracional. Questões comuns muitas vezes não respondidas incluem: Quais as regras para entrar e para sair? Quais os requisitos familiares precisam ter para serem aceitos? Quais as regras para liquidez?

Para apoiar o desenvolvimento de uma adequada Sucessão Societária, publicamos um BLOG específico sobre o preparo que cotistas precisam ter e idealmente refletir em um Acordo de Cotistas.

Sempre é bom lembrar que longevidade é uma jornada, não um destino. Cuidado com a miríade de novos termos e com ofertas baseadas em uma única ferramenta. Um passo de cada vez, considerando teu ponto de partida e o destino desejado. Para cada etapa uma ferramenta adequada. Construímos juntos? Contate-nos.

Helder de Azevedo MSc, CCA IBGC, CCC Celint e BRA

Idealizador do Instituto Empresa DE Família, é também CCA IBGC – Conselheiro de Administração certificado pelo IBGC, onde contribui nas comissões de Conselho de Administração e no Grupo de Trabalho do Agronegócio; Conselheiro Consultivo Certificado pelo Celint e pela BRA Certificadora, onde também ministra o módulo de estratégia e de planejamento orçamentário no Curso de Formação de Conselheiros Consultivos; e associado da ABC³, onde contribui com duas comissões temáticas. Atua como Conselheiro Consultivo na AR70 Corporation e foi Conselheiro Fiscal da Neoenergia/CELPE. Membro do IFERA – International Family Enterprise Research Academy. Mestre em Governança Corporativa com pesquisa em Empresas Familiares e autor do livro Empresa de Família – uma abordagem prática e humana para a conquista da longevidade publicado pela Saint Paul Editora em agosto/2020, disponível também em formato eletrônico, Kindle e outros.

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